(Ler primeiro "Voava alto") Vôo ilusório

A libelinha tenta arranjar forças para voar alto
Tenta refugiar-se em memórias de voos antigos
Ou tenta encarar o passado como simples voos passageiros
E tenta traçar novos voos.

A libelinha voa alto de repente!
Por momentos a libelinha faz um voo feliz!
Por momentos a libelinha sente q voam com ela novamente!
Por momentos a libelinha ganha forças!

Sem nunca olhar para o trajecto já percorrido,
sente um voo firme a permanecer
Com pouco medo do voo baixar,
Com o bico inclinado para a frente continua a voar

Por momentos pensava estar a voar alto
Por momentos a libelinha viveu na ilusão
Por momentos tentou mudar o rumo do voo
Mas por momentos deu conta que não consegue mudar o rumo do coração.

Num momento levantou voo e voltou ao chão...

Mafalda Caldas

Voava alto

Voa, a libelinha
Voa voa, vai voando baixinho
Sorte q ainda vai voando, devagarinho
Mas devia voar como águia

Voa, mas já voou mais alto
Voa porque quer continuar a voar
Mas voa porque se está a esforçar
Apesar de voar baixo

Voa enquanto tem asas para voar
Voa com o desejo de voltar a voar alto
Não sabe bem porquê mas ainda consegue voar
Voa com o sonho de voltar a ser águia

Alto, como a rainha das águias, voava
Voava como se fosse o primeiro e eterno voo
Segura, com as asas fortes, voava
Voava tanto que para ela já tinha voado ate as nuvens

Voava pelo mundo sem se cansar
Apesar do voo ser muito alto nunca se fartava de voar
Voava porque tinha tudo que lhe fizesse voar
Não queria pisar o chão, só queria voar

Ela voava como uma águia porque voavam com ela
Voa, mas não sabe voar alto sozinha
Agora voa baixo, a libelinha
Porque quem voava com ela deixou de querer voar.

Mafalda Caldas